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Curiosa como sou, andei pesquisando as origens e desenvolvimento da técnica do Paperclay no mundo.
A mistura de palha (fibra de celulose não processada) em argila para reforçá-la remonta, pelo menos, ao Egito pré-cristão e os ceramistas pré-colombianos.
O adobe é uma mistura de terra argilosa, palha e algumas vezes componentes orgânicos usada para modelar tijolos ou ser aplicado diretamente sobre uma estrutura tipo "rede", constituída por madeira ou bambú. secado ao sol, o adobe é extremamente resistente.
Na Índia, uma mistura de argila, papel e cola é usada no teatro e para fabricação de ícones religiosos e ou objetos rituais há milhares de anos. Essa argila-papelmachê com 40 a 70‰ de argila na sua composição pode ser manipulada facilmente e muitas vezes, propositalmente depois dos rituais é mergulhada em água de rios até dissolver.
Paperclay em placas como folhas foi usado na India, Japão, França, Austrália, EUA e outros países na década de 50 e até um pouco antes. No Japão, no início dos anos 80, folhas de paperclay colorido em ponto de couro foram comercializadas para artesanato e brinquedos. Essas folhas podiam ser cortadas com tesoura e usadas para origamis.
Nos anos 70, embora muitas tentativas tivessem acontecendo em várias partes do mundo, eram esporádicas e nada comuns. Os experimentos na criação de esculturas e peças maiores eram abandonados porque depois de um tempo a massa começava a cheirar mal ou porque ainda faltava chegar a uma mais completa compreensão sobre essa técnica.
Alguns ceramistas, a partir da década de 70 e de forma independente, foram descobrindo maneiras de fazer a adição de papel na argila com algum sucesso.
Mas foi só na década de 90 que ROSETTE GAULT (USA), e um grupo de ceramistas do Banff Centre - Canada, testou sistematicamente e estruturou receitas de Paperclay que realmente conseguiram desafiar os limites das massas tradicionais
Hoje o uso do paperclay está espalhado por vários países, sendo difundido em escolas de cerâmica, universidades e ateliês.
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